sexta-feira, 26 de junho de 2015

Workshop On Line: A participação da comunidade educativa na preservação do património escolar.

Como interessar e fazer participar a comunidade educativa na manutenção e preservação do património escolar.


A comunidade é a grande responsável e guardiã de seus valores culturais. O património cultural pertence à comunidade que produziu os bens culturais que o compõem. Não se pode pensar em proteção, senão no interesse da própria comunidade, a qual compete decidir sobre sua destinação no exercício pleno de sua autonomia e cidadania. Para preservar o patrimônio é necessário, inicialmente, conhecê-lo através de inventários e pesquisas realizadas pelos órgãos de preservação, em conjunto com as comunidades. A utilização dos meios de comunicação e do ensino formal e informal para a educação e informação das comunidades, visando desenvolver o sentimento de valorização dos bens culturais e reflexão sobre as dificuldades de sua preservação, é um fator determinante para o sucesso da preservação.

A escola é um local ideal para a prática da valorização e defesa do património, pois possui todas as condições específicas para um desiderato satisfatório num processo de defesa dos bens patrimoniais e ambientais. Para tanto, necessário se torna que a escola desenvolva práticas pedagógicas voltadas para o reconhecimento do valor do património e da sua valorização ativa e consciente. No ambiente escolar é decisivo realizar actividades que que envolvam toda a sua comunidade educativa, em espaço intra e extraescolar.

6 comentários:

  1. Concordo que este WorKshop tem muita importância.

    José Maria

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    1. Entendo como objectivos mínimos a cumprir na relação entre os alunos e a escola o seguinte:
      - Praticar bons hábitos de higiene e respeitar o trabalho dos outros para manter essa higiene
      - Preservar o património escolar e o ambiente de um modo geral
      - Respeitar os docentes, funcionários e os outros alunos na sua individualidade
      -Colaborar na manutenção e bom uso dos equipamentos disponíveis na escola
      Nas relações entre os pais e a escola são objectivos a alcançar:
      - Contactos frequentes com os docentes
      - Colaborar em actividades extracurriculares
      - Estimular uma cultura de respeito nos seus filhos e responsabilizar-se pelos danos provocados pelos educandos, resultantes de condutas incorrectas.
      Helena Nunes

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  2. A inclusão social é um factor determinante para promover a participação da comunidade na manutenção do património da escola.
    Sem uma escola democrática, aberta a todas as pessoas numa perspetiva colaborativa, não é possível rentabilizar o potencial humano nas actividades da escola e na sua preservação.
    Os novos caminhos e processos de restruturação da escola têm como base a autonomia, a especificidade e a identidade de cada projecto educativo. O projecto educativo, tem necessariamente de incluir institucionalmente os deveres e os direitos de toda a comunidade na defesa e conservação do património.
    Alfredo Soares

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  3. Como já tive ocasião de afirmar, entendo que o conceito "comunidade educativa" contém duas asserções: uma, remete para o grupo de indivíduos que partilham interesses comuns; outra está mais focada na situação geográfica, sendo entendida como área de vizinhança. Embora distintos, os conceitos interligam-se quando os interesses do grupo interagem com os interesses da localidade.
    Hoje em dia o conceito é geralmente tomado nessa forma mais alargada, pois não só a escola tem interesse em colaborar com a comunidade envolvente, atraindo públicos e saberes diversos, como esta, cada vez mais, se aproxima dos benefícios que a escola pode proporcionar, quer em termos do usufruto das suas instalações, quer em termos de melhoria da qualidade de vida dos ambientes socio-culturais de proximidade.
    Sabemos que hoje em dia cada vez mais a escola tem recursos logísticos que as vizinhanças não possuem, pelo que é nela que vão recorrer para colmatar necessidades; por exemplo, a utilização de ginásios, campos de jogos, bibliotecas, e mesmo salas para eventos é cada vez mais solicitada às escolas, que contratualizam com as instituições da área formas e horários de utilização, por vezes a troca de pagamentos.
    Ora se a oferta de utilização serve de um recurso de financiamento, faz todo o sentido que haja uma atenção redobrada na sua manutenção.
    Contudo, não devemos esquecer que a manutenção do parque escolar está dependente da administração(local ou nacional) e que muito daquilo que é preciso fazer para preservar não depende da decisão dos utentes.
    Esta realidade não obsta, claro, a que se desenvolvam praticas internas de cuidado e atenção, e que haja, nos programas educativos dos currículos em vigor, uma consciencialização para a temática

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  4. Nota sobre o depoimento anterior: devido a um erro de interpretação dos procedimentos, esqueci-me de assinar o meu depoimento. Corrijo agora.
    ana roque

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  5. Faal-se muito em "deveres" e "direitos" mas educa-se pouco em "deveres e direitos". Embora haja uma narrativa muito cerrada sobre os aspectos comportamentais, e sobre relações interpessoais, quanto se avança do mais particular para o mais geral, as coisas começam a diluir-se. Depois há ainda uma cultura do que "eu devo fazer" e do "isso não é comigo"; não devo atirar papéis para o chão, mas apanhar papéis do chão é tarefa dos serviços de limpeza, ou seja, "não é comigo". Passa-se mais ou menos o mesmo quando se fala de manutenção: há coisas mínimas que se podem fazer , mas se todos entendermos que "isso não é comigo" o mais certo é que aquilo que está em vias de se estragar , se estrague completamente. Depois, numa escola, há uma circulação de centenas de pessoas em cada hora, as coisas com o usos vão-se desgastando, se não houver uma atenção redobrada, por parte dos utentes, mas sobretudo por parte das responsabilidades de manutenção(seja da limpeza, seja da conservação) não se pode esperar que o uso não deixe marcas. E numa escola as marcas transformam-se em estragos e passam a comportar encargos que estão para além quer das disponibilidades financeiras, quer das competências da gestão. A solução tem sempre que ser encarada por cada um caso a caso; há escolas admiravelmente bem mantidas, outras cujos estragos já são irreversíveis. Dependendo da cultura interna, do ambiente escolar e do brio que aí se coloca
    Maria de Fatima Leiria

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